quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Intertextos, música e poesia da vida

Renato Russo gostaria de ser como eu quando disse que "queria ser como os outros e rir das desgraças da vida ou fingir estar sempre bem". Eu consigo fazer piada do que me acontece de ruim mesmo que o acontecimento ainda me atinja, também atuo muito, carrego sempre um sorriso no rosto ao interagir com as pessoas ao meu redor, independentemente de como esteja meu estado de espírito no dia.
Só quem sofre de verdade entende como essas duas capacidades são vitais para seguir a vida. A gente perde, sofre e cresce, mais até do que gostaria de crescer. Quando os Titãs se perguntam "quando é cedo ou tarde demais pra dizer adeus?" eu penso que não deixei nada a ser dito para quem perdi, tudo foi esclarecido, não há ressentimentos. Aconselho (se é que conselhos são bons) a não deixarmos de dizer o que sentimos pelas pessoas ao nosso redor, nunca se sabe quando será a última oportunidade para fazer isso.
Tudo isso soa trágico e é. Por essa razão, ver a vida pelo lado bom, sempre que possível, seja fazendo piada ou música, é fundamental. A vida cotidiana com seus lados bom e ruim é uma intertextualidade com a dor dos poetas, com as músicas que falam por nossos pensamentos.
Ame mesmo, diga na cara tudo de bom que por vezes você pensa e acaba não falando para aquelas pessoas especiais. Não espere perder para valorizar. As recordações e a saudade significam que tudo que foi vivido valeu a pena. Não espere para falar o que pensa apenas nos sonhos bons que trazem os mortos de volta à vida quando felizmente nossas mentes nos brindam com essa dádiva.

Lembrar é ótimo, ter lembranças que valem mais do que qualquer tesouro é muito melhor. Viva o presente a fim de transformar o hoje em recordações que façam você ganhar o dia em um futuro distante.

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