quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

A que possui todos os dons

Eu estava no MSN com um amigo e vá papo ao invés de pensar em fazer o almoço quando ele começou a me contar uma coisa e aí parou, para pensar, saiu da frente do micro, não sei porque, só sei que eu perguntei se a história não ia terminar pois estava curiosíssima e queria os detalhes.
Sempre que dizem que sou curiosa eu nego com aquela cara de "tá, né, fala sério, curiosa eu?". Mas sou sim, curiosa na décima potência.
Sou como a Pandora que sabia que não poderia abrir a caixa por nada nesse mundo, mas foi o marido dela quem disse, quem colocou a caixa perto dela, por favor, né? Que mulher que vê o marido colocando uma caixa e dizendo para não abrir, não vai abrir a caixa? Nenhuma! Não se faz uma coisa dessas, é muito desafiador para a curiosidade feminina.
Pandora abre a caixa, libera todos os males do mundo e a esperança é última, todo mundo já sabe disso, e lá vem mais uma lenda para avacalhar com as mulheres, com o gênio delas, com a teimosia, com a falta de controle etc... Só que ninguém lembra que na lenda diz que ela também recebeu dos deuses a graça, a beleza, a persuasão, a inteligência, a paciência, a meiguice, a habilidade na dança e nos trabalhos manuais. Sim, sobre essa parte de nós mulheres ninguém diz nada, mas conta muito mais do que a impulsividade. Diz na lenda que sem a mulher, a vida do homem não é viável, e com ela, mais segura, viu? Abrir uma caixinha fora de hora não pode ser assim tão mal!

[Eu fico com a pureza da resposta das crianças]

Estou aqui em estado de semi-zumbi, derretendo nessa cidade meio deserta quando escuto as crianças do vizinho rirem por alguma razão, vou até a janela e eis que vejo o motivo de tanto barulho, elas estão brincando na piscina, óbvio, por isso riem tanto.
Me deu uma saudade da minha piscina e de quando eu cabia nela, piscininha de plástico, saca? Daquelas que todas as crianças dos anos 80 em diante, pelo que me lembro, tinham montadas no pátio de casa ou da casa da vó, era alegria garantida e alívio pro calor, se bem que naquela época o calor não incomodava tanto assim, aliás, nada incomodava.
Lembro que enchia a paciência do povo aqui de casa pra montar a bendita, o que levava tempo e geralmente era em horário de sol forte que torrava qualquer pai ou tio que se dispusesse a realizar o ingrato serviço. Depois de montada era hora de esperar encher, e lá ligavam a mangueira com sua vazão ridícula de água que levava séculos pra completar, e, obviamente, as crias já estavam dentro da piscina sujando a água que mal entrava.
Mas o legal mesmo eram as gambiarras para cobrir durante a noite e enjambrar os furos. Eu adorava o método que envolvesse chicletes mascados para tapar os furinhos, meu pai teimava que devia colocar durepoxi (será que isso ainda existe?) e quando ele inventava isso era o fim, pois tinha que esvaziar a piscina, secar, e depois fazer todo processo de esperar secar a cola, o que era a pior parte, para só depois encher tudo de novo. Sim, os furos eram nossos maiores inimigos, mas de certa forma se criou uma espécie de senso de responsabilidade e de noção para a preservação da piscina já que conhecíamos as consequências da falta de cuidado. E a cobertura da noite sempre era um lençol meio velho ou uma lona, e não importava a opção, sempre voava de madrugada e no outro dia a piscina parecia o chão de uma floresta, cheia de folhas de árvore.
Hoje a piscina não faria mais milagres de alegria instantânea, pra chegar perto daquele sentimento, as pessoas grandes precisam de mais do que mil litros de água envoltos em plástico. Feliz de quem consegue se contentar com o simples!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

[This little light of mine, I'm gonna let it shine] ;)

Os eventos de fim de ano nos dão oportunidades de fazer tantas coisas legais: comer comidas boas em execsso e sem culpa é um belo exemplo. Viagens, praia, fim das aulas, férias. Apesar de tudo isso, pelo menos para mim, o fim do ano é meio melancólico e nostálgico.
Tá, tem a parte boa de rever a família e os amigos, em meio a risadas, champanhe, peru, presentes, porém sempre faltam algumas pessoas que gostaríamos de ter por perto e não temos por razões geográficas ou transcendentais, isso sempre me deixa um pouco fora do espírito natalino.
O que podemos fazer nesses casos é valorizar os que estão ao nosso lado e nos comunicar com os distantes, em relação aos incomunicáveis por razões extraterrenas, resta sentir saudade, quem sabe deixar correr aquela lagrimazinha enquanto todos estão eufóricos pela hora da virada.
É mais um ciclo que se fecha, um ano a mais que vivemos por aqui, mas antes de datas especias, temos que pensar que esses dias são apenas dias quaisquer, nós é que atribuímos a eles esses valores que eles não teriam por si só.
Todos os dias do ano são especias porque estamos vivos, o que deve ser motivo para sempre valorizarmos o que temos e quem temos (principalmente QUEM temos!) independentemente da data.
Bom, já que é Natal, desejo a todos uma ótima noite junto daqueles que realmente fazem a diferença, tê-los por perto é que é o verdadeiro presente!

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Chegou o verão!

A probabilidade de daqui a alguns dias eu estar praguejando contra o calor terrível que faz em Porto Alegre é enorme, mas, mesmo assim, estou felicíssima pelo verão ter chegado. Ontem ele deu as caras com direito a calor e mormaço típico da época.
Para os sortudos que podem curtir a praia, finalmente, chegou a hora. Os pobres mortais trabalhadores que sofrerão a quentura do asfalto na capital farão do fim de semana o momento mais esperado na temporada, enfim, nada é perfeito.
Perfeito mesmo é cair no mar, dormir na areia, ler na cadeira de praia, ficar com os amigos, sei lá, aproveitar essa estação, que, na minha opinião, é a melhor!
Minha praia tá lá me esperando e eu espero que o sol me acompanhe na estrada, na viagem, nos dias, nas tardes, e dentro do espírito da coisa, que me acompanhe até nas noites.
Bom, o verão tá aí, é curto, passa voando então vamos curtir desde já! Boas férias, pessoas! Se cuidem, se divirtam e continuem lendo aqui (eu sei que tô há séculos sem escrever, mas prometo retomar aos poucos!)!