terça-feira, 31 de agosto de 2010

[What will be, will be and so it goes...]

O dia tá esquentando, já me bate aquela vontade de fazer não sei o quê. 
A vontade de não querer ficar na sala de aula, mas sim de conversa com os colegas na rua. 
De ouvir Jack Johnson olhando o mar!
Dá a sensação mais chata do que nunca de que ficar preso no trabalho é um tédio. 
Essas coisas que vêm com o calor, sei lá, uma vontade de viver inexplicável.
E tá só começando!

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

[You'll be here in my heart no matter what they say]

A dor, a perda, a irreparável falta. Nada se compara a esse vazio que fica no lugar de quem vai embora. A fé ou aumenta ou acaba nesse instante, a sensação é de que por mais que tentássemos, por mais que lutássemos existem forças maiores do que as nossas vontades e do que os nossos sacrifícios.
Escrevo isso, pois sei dos que perderam pessoas nos últimos dias, nas últimas horas e a vontade de escrever vem, assim como vem a vontade de chorar ou vem a fome, vem e vai embora.  
Não recentemente, mas já perdi há tempos, há poucos anos, há muitos anos, há tanto tempo que já cicatrizou e há tempo que não importa o quanto passe nunca cicatriza completamente, cria aquela casquinha que se coçar um pouco ela descola e sangra, sangra demais. Perdi, sim e sei que vou continuar perdendo ao longo dos anos e do tempo que vai passar.
O que não perco é a fé, o bom humor para encarar cada rasteira que a vida me dá e a certeza de que todos os meus continuam meus, de que quem a gente ama não  se vai para sempre,  mas fica para sempre morando em algum canto da nossa existência e às vezes, nos sonhos mais sortudos, voltam para bater um papo como antigamente e para deixar aquela sensação de como é ruim acordar no meio da mais esperada das visitas.


"Just look over your shoulder
I'll be there always"

domingo, 22 de agosto de 2010

[Amores imperfeitos são as flores da estação]

Tudo está mudando, a começar pela estação. Os passarinhos me ensurdecem, a cantoria é empolgada e para alguns, empolgante. Pintou um calorzinho sem grandes caras de que vai ficar, mas mesmo assim já aqueceu um pouquinho meu humor já há tanto tempo deprimido pelo inverno. Dispenso lembretes do tipo 'com esse calor imagino como vai ser quando começar a chover!'
Minha alegria já está se assanhando, até a preguiça parece estar dando espaço a uma vontadezinha de sair pra rua e tomar um sol, de sair para caminhar nas tardes, obviamente, no final de semana, pois a semana útil continua bem ocupada com as obrigações diárias.
Estou feliz por duas coisas: 1) ontem consegui, finalmente, andar na rua com os braços de fora e 2) senti o cheirinho da flor da bergamoteira, que sei lá se tem outro nome, mas para mim é esse. Esse cheiro é o ponta-pé inicial para a primavera e esse blog vai poder ter mais a cara do nome dele, pois sua dona voltou a ser a guria com os olhos ensolarados!



segunda-feira, 16 de agosto de 2010

[Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou]

O frio me cansa, me cansa também andar pela rua e por todos os lugares como se estivesse enrolada em um edredon tentando assim me isolar de tanto ar gelado, mas o que eu queria mesmo era mudar de roupa.
Faz muito tempo que não coloco os braços de fora, que não vejo formar a marquinha do relógio no pulso, que não sinto o sol esquentar a pele.
Inverno é sinônimo de depressão, o sol brilha, mas não aquece, a chuva, por mais insignificante que seja, potencializa ainda mais o frio e por consequência, a minha tristeza. Levantar da cama quentinha é um suplício. Se o vento resolve soprar com vontade então, o suicídio é um dever. E não vou nem entrar na questão quero-praia-logo para não ser ainda mais cricri.
Cadê a elegância que dizem que existe mais no inverno do que no verão?  Só vejo gente com roupa por cima de roupa com a finalidade única de tentar não congelar. Quero poder sair de sapatilha faceira por aí sem que meus pés virem picolés.
O que venho querendo ultimamente é algo que não queria há muito tempo: simplesmente usar um vestidinho e ser feliz!
Chega logo, primavera para amenizar a minha agonia e a de todas as pessoas que, como eu, não têm hábitos de pinguim e que ainda não obtiveram o alcance espiritual devido para ver a beleza em tiritar de frio.



sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Pet Sematary

Então que hoje é sexta-feira 13 Zagallo's Day e de agosto pra piorar mais ainda, se é que dias e números fazem alguma diferença, enfim, aqui em Porto Alegre o cenário estava bem propício pra desgraças se é que hoje seria o dia ideal para elas acontecerem.
Um vendaval praticamente varreu a cidade, galhos e folhas de árvores pelas ruas e para minha infelicidade, a primeira coisa que avisto quando estou quase chegando no castigo na parada de ônibus é um pobre vira-latinha falecido no asfalto. Dentro do ônibus, já no meio do caminho para a faculdade vejo outro azarado cusco morto na calçada, realmente o dia começou mal, para mim e mais ainda para eles, mas me fariam mal esses eventos até na terça-feira de carnaval. Já no início da manhã isso deu a tônica macabra e  mais o dia cinzento dessa data imbecil que muitos acreditam que tenha algum significado diferente.
13 ou não, sexta-feira ou domingo, para mim agosto é o mês do cachorro louco morto! E ainda tem gente com a coragem de dizer que é o gato preto que dá azar...