terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[A vista é bonita, a maré é boa de provar]

Ela olha o sol pela janela, o céu azul está lá, convidativo a viver, a sair de casa, a andar. Mas ela quer o mar, a areia, o banho gelado na água salgada. Ela quer viver, porque cansou de morrer por meses no frio do inverno, morrer no vento congelante que queima o seu rosto até mais do que o sol. 
Ela quer pôr o pé na estrada, mais precisamente, as rodas do carro, quer ouvir o porta-malas bater fechando ali todas as coisas necessárias a sua sobrevivência por algum tempo fora de casa, quer só ler um livrinho olhando o mar, quer comer picolé de limão pra se hidratar, quer banhos de mangueira para se livrar da areia, quer brisa, quer férias, quer verão, quer vida!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Natalis Invistis Solis!

Falar de Natal é complicado porque quase sempre se entra em clichês religiosos ou mercantis, para alguns é uma data com significado de reflexão onde se comemora o nascimento de Jesus e para outros é apenas um motivo a mais para enfiar-se em um shopping e gastar todo o dinheiro possível em presentes e quinquilharias e também aproveitar as promoções.
Eu me sinto meio confusa nessa época, tenho meus motivos de fé e também sou influenciada por uma cultura tradicional romana pagã de alguns séculos atrás que continua até hoje sendo repetida, mas que ninguém tem a mais pálida ideia do porquê. 
Tenho a habilidade de mateforizar tudo que seja assim místico, posso tranquilamente associar o menino Jesus com uma força de vida, com uma luz mais forte do que todas, inclusive, com o sol! Acabo, por isso tendo a necessidade de montar um pinheiro com enfeites e luzes, acho bonito e me passa uma coisa boa ao olhar para ele, mesmo que eu não veja a homenagem ao Sol Invencível nisso e nem pense que essas luzes representam a celebração ao solstício de inverno. É simplesmente tradição com identidades perdidas, adaptadas, até porque solstício de inverno em dezembro no Brasil não cola.
Mas lá estão as luzes, os pinheiros, as comidas, um cara vestido absurdamente para os padrões tropicais do nosso país, claro que hoje isso tudo se dá apenas pelo apelo consumista da sociedade em que vivemos, mas por que não procurarmos a origem dessas coisas todas, né? Com certeza não saiu do nada. Pesquisar e se inteirar sobre o assunto é adquirir cultura, não faz mal nenhum!
Fica a dica para reflexão não só sobre a vida e sobre a solidariedade que traz esse espírito natalino, mas também sobre nossos hábitos e como realizamos coisas inconscientemente tradicionais sem questionarmos, não que seja ruim ou bom, é apenas uma sugestão à reflexão.
Espero que o Natal, dentro do espírito particular de cada um, tenha sido bom para você, leitor!
O meu foi ótimo!

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Sobre o dia em que terminam-se as provas e começam as férias

Quando a barriga roncou ela despertou, os lençois colados no corpo e aquela fome incontrolável. Só sabia que não tinha compromissos naquele dia, por isso tentou virar-se com dificuldade devido ao suor e ao calor do quarto, - que inferno de cidade! pensou.
Levantou-se e andou em direção à porta cambaleante de sono, finalmente se deu conta que já havia passado das 11h da manhã e entendeu o calor dentro do quarto. No banheiro, jogou água no rosto para acordar e para se refrescar e também porque não sabia bem o que fazer tendo tanto tempo disponível, podendo ficar o tempo que quisesse enrolando para levantar da cama, o tempo que quisesse no banheiro e se a preguiça fosse demais, poderia até voltar para a cama e dormir mais um pouco.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

[Tomorrow I'll miss you]

Sempre gostei da época de fim de ano, festas, fim das aulas, Natal, Reveillon, presentes, muita comida e espumantes, verãozinho com possibilidade de todo fíndi ir para a praia...Realmente uma das épocas mais legais do ano.
Mas hoje é diferente, tem todas essas coisas e tal, porém, na minha vida, há pouco tempo tem o fato de que essa época é quando os estudantes que vêm do interior estudar aqui voltam para suas casas e famílias, e é agora que ela vai embora, me deixando o verão solitário sem seus sorrisos e sua voz.
Ela vai embora, porque tem que ir, porque deve ir. E eu fico aqui, esperando e torcendo para ela voltar logo!
Vai Carolzinha, leva tua energia boa praqueles que te fizeram assim, e quando voltar me liga na mesma hora nunca esquecendo que aquela praia está esperando por nós!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

[E no meio de um inverno eu aprendi que havia dentro de mim um verão invencível]

Ficar aqui pensando não a leva a lugar nenhum, a pessoa dentro dela sabe muito bem disso, por isso soprava ideias em seu ouvido, na tentativaa de ver alguma reação por parte dela, mas nada acontecia. Ela morre de medo de tudo sem admitir esse defeito para ninguém, mas a pessoa dentro dela sempre teve conhecimento disso.
Então essa pessoa interna disse: -mas chegou o verão com seus banhos de mar! e ela subitamente acordou, abriu os olhos e as janelas e sentiu o sol quente tocar sua pele a ponto de aquecê-la de forma diferente do que nos últimos meses. E a revelação veio como uma dádiva maldita, que no verão ela se desconhecia e pensava outros pensamentos, pensamentos adormecidos e há muito tempo não imaginados.
Agora o calor adormece seu juízo e desperta sua loucura, pobre criatura essa que vive atormentada sem nunca conseguir achar sentido nos sonhos que a despertam a noite e logo ao abrir dos olhos já são deletados de sua memória, -o que será que eles querem dizer? ela pensa e logo decide: - é tudo culpa deles, mesmo sem saber do que se tratam, a partir de agora quando quiser justificar uma loucura vou fingir que tudo não se passou de um desses sonhos que não me lembro quando acordo.
E assim a pessoa que vive dentro dela conseguiu passar sua mensagem.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

[Life is what happens to you while you're busy making other plans]

Fim de ano chegando, o fim das provas também, mais tempo para ler coisas realmente legais, dormir mais, não viver à beira de um ataque de nervos, enfim, de viver de verdade e não só como se o ar que entra nos nossos pulmões ou o sangue que corre em nossas veias dependessem, necessariamente, das notas da faculdade ou da fatura do cartão de crédito ter sido paga.
Agora que o verão tá ali do lado e as férias, curtas para uns e longas para outros, também logo darão as caras, parece até que fica mais fácil repensar as coisas e planejar o próximo ano com as mesmas promessas que fizemos nessa mesma época do ano passado e que, obviamente, foram ignoradas.
Eu prometi a mim mesma que iria estudar bem mais nesses dois últimos semestres, ah, jura, né? Não deu. Ou se trabalha porque quer juntar uma grana e tal ou se dedica à faculdade com todo amor e carinho, as duas coisas juntas acabam ficando duas coisas feitas meia boca. Mas o que importa é que essas duas coisas importantes para mim estão aí, e eu me dedico a elas dentro do meu possível e das minhas capacidades de ser humano sem superpoderes.
Bom, mas se o negócio é começar a fazer planos e projetos que tentaremos mudar ou melhorar no próximo ano, vou tentar me focar mais nas pessoas da minha vida, não deixando de lado as coisas, digamos, materiais (facul e trabalho) e olhar com mesmo dispêndio de energia para os humanos que habitam ao meu redor, família, namorado, amigos, cachorro e gata (porque bicho também é gente e merece atenção! =P).