sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Planos para o feriado: derreter em Porto Alegre

Sério, essa cidade tem um clima louco e onde estudo e trabalho é uma espécie de universo paralelo desse já doido clima. Quarta-feira, eu juro que saí de casa as 7h da manhã e fazia 11° e a tarde a temperatura subiu pra 30°. Quem merece isso?
"Aqui faz as quatro estações do ano no mesmo dia" é a frase mais clichê sobre Porto Alegre e também é a mais pura verdade. Mas nessa sexta-feira o calor está superando todos os limites do aceitável. Esse clima desértico que é frio de manhã, de derreter durante a tarde e mais frio à noite vai acabar com a saúde do povo. Bem-vindos ao Saara, minha gente!
A inveja é feia (é?) mas estou sentindo muita inveja dos sortudos que deixarão a capital nesse feriadão rumo ao mar. Eu queria praia urgentemente mas vários fatores me impedem de migrar, no momento, para meu lugar preferido no mundo. Cada vez que, no rádio, dão as notícias sobre o movimento na free-way até troco de estação.
Estou escrevendo no trabalho e no papel, não sou nem louca de andar com meu note no ônibus (ô, pobreza!) e mentalmente me vejo sem os jeans hermeticamente colados ao meu corpo, sem os tênis, esparramada na minha cama, ouvindo Beatles e o ventilador lá, soprando, arejando meu quarto e minha ideias...Ai, acho que é efeito do calor, já vejo as miragens.
Cheguem logo, férias!!!

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

[Uma forma de felicidade é a leitura] - Jorge Luis Borges

Essa coisa de ler, pensar, e interpretar é muito cansativa, ser leitor é cansativo, a menos que a leitura seja revista de fofoca, né? Mas ler "a sério" requer tempo, energia e principalmente, se dispor a refletir sobre o que está sendo dito pelo autor do texto ou do livro.
O exercício de ler, porque sim, é um baita exercício, pode se tornar prazeroso, mesmo quando o gênero não é aquele nosso preferido, no momento em que deixamos o preconceito (e por que não, a preguiça) de lado e nos permitimos ser levados pelas palavras do outro, assim assimilamos as ideias e os nossos pensamentos entram em conexão com os do autor, tudo fica mais fácil e parabéns: quando isso acontece você realmente é um leitor bem sucedido!
O hábito de escrever ajuda demais quem quer ler melhor, não digo que todo ser vivente na terra deva escrever freneticamente para conseguir compreender um texto, mas que aquelas pessoas que precisam muito analisar leituras, se tiverem o hábito de escrever se sairão melhor, até porque o texto escrito está sendo lido, o escritor é o primeiro leitor do seu texto.
Isso aqui está soando como justificativa de por que eu escrevo, mas não é essa intenção, é que no meu mundo perfeito todas as pessoas seriam leitoras, sabe? O mundo teria pessoas interessantes em qualquer lugar e também muito bem educadas e informadas. Eu não sou maníaca intelectual, tá? Também gosto de novela e de futebol.


quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Para G, com carinho...

Era uma vez, na primeira metade da década de 90, uma amizade entre duas meninas: uma loira de olhos azuis, a outra de cabelos castanhos e olhos verdes. Amigas inseparáveis, se divertiam, estudavam, dançavam na frente do espelho e sonhavam juntas. Se amavam tanto que se chamavam entre elas de Vida.
O tempo foi passando e aos 12 anos suas vidas tomaram rumos diferentes, trocaram de colégios, de horários e em seguida novas amizades foram surgindo e as novidades da adolescência chegaram separadas para as duas meninas.
A década acabou, mais de 10 anos depois elas se encontram por acaso na internet, fazem um balanço de tudo que passaram e chegam à conclusão de que a separação se deu por motivos fúteis e que por mais que tenham se amado já não se conheciam mais, eram estranhas uma para a outra, a intimidade que existiu no passado, no passado ficou.
Quando penso no valor das amizades lembro dessas meninas que cresceram fisicamente mas não carregaram junto o crescimento daquele sentimento. Da época ficaram as lembranças das tardes passadas brincando, andando de patins, dançando as músicas do momento.

Hoje elas são adultas, lembram com carinho do que passaram mas nunca mais se reencontraram pessoalmente e nem fizeram planos de se rever. Há mais mistérios nos motivos do não reencontro do que nas motivações que separam pessoas anteriormente tão unidas.
Ironicamente, a menina loira escureceu os cabelos e, a morena tratou de clareá-los.

Todo dia é dia do professor!

Hoje é o dia do professor mas além do feriado escolar, o que mais ele significa? O professor no Brasil é tristemente tratado como profissional de segunda categoria pra não dizer de última mesmo. Infelizmente a educação anda caótica, mas não digo somente em relação às condições das escolas públicas, falo sobre a total falta de reconhencimento desses profissionais, o magistério deveria ser encarado como a base de todas as outras profissões.
Remoer esse assunto vai virar uma divagação política chatíssima, exatamente o que quero evitar, aproveito o dia para dar os parabéns a esses corajosos e idealistas que ainda acreditam que podem mudar alguma coisa nesse mundo mesmo tendo que abrir mão de muitas coisas em sua vida pessoal.
Sou suspeita para falar pois nasci em uma família de professores e tenho muito orgulho disso, por essa razão é também que soa revolta em minhas palavras. Tudo que sou hoje devo a uma professora em especial, minha mãe que é professora desde que me conheço por gente, meu pai é professor não-praticante, digamos, mas talvez não fosse caso as condições de sobrevivência de uma família com o magistério fosse possível. Fora eles, tenho tios professores, um amigo louco o suficiente para isso e outros tantos colegas que um dia virão a ser, eu não sigo com essa sina porque optei pelo bacharelado, não tanto por covardia mas pela falta de paciência que a função exige.
Enfim, coragem nessa luta que não será fácil nem agora nem tão cedo e muita esperança para conseguir trilhar essa carreira que é a mais brilhante dentro da sociedade pois o médico só é médico porque um dia teve um professor, o juiz só é juiz porque um dia teve um professor, até o professor só se tornou professor pois um dia teve um MESTRE (ai, cansei da repetição!).
Parabéns aos profissionais da educação!

terça-feira, 13 de outubro de 2009

We are not what you think we are...

We are golden, we are golden!

MIKA


domingo, 11 de outubro de 2009

What are you doing?

Aham. Resisiti o quanto pude mas na manhã de sábado, acordando de ótimo humor, resolvi aderir ao Twitter. Acho que é mais uma oportunidade de me comunicar, refletir, fofocar ou sei lá mais qual função que pode ter essa rede.
Apesar de ser uma forma fácil e rápida de transmitir mensagens os 140 caracteres restringem demais o que se quer passar, por isso continuo postando aqui! No blog se tem mais liberdade e espaço de se dizer o que quer e refletir melhor sobre o que se quer abordar, mas se a necessidade for de rapidez ou poder de síntese o twitter é uma alternativa.
Concordo, em parte, com o que Saramago disse: "os tais 140 caracteres reflectem algo que já conhecíamos: a tendência para o monossílabo como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido", acho meio radical afirmar que involuiremos, em certos casos as relações pedem formas diferentes de expressão, tudo depende do que se quer dizer e com quem você está falando.
O que sei é que não podemos nos fechar para as novidades, ainda mais quando elas podem contribuir para otimizar nosso tempo que é curto demais, o que se deve ter é bom senso, não acho que grunhir seja uma boa forma de comunicação mas se isso o fizer ser entendido, que mal tem?
Twittem muito pessoas, não faz mal a ninguém!


sábado, 10 de outubro de 2009

Nothing is gonna change my world

Ontem seria o aniversário de John Lennon, nem o conheci, nunca o vi na tv ao vivo, nasci três anos depois dos tiros e só o conheci pela história, pelas músicas, pelo legado absoluto dele e de seus companheiros.
O homem John Lennon é uma contradição misteriosa, traçar um perfil dele é tarefa para psicanalistas, se bem que fazemos isso o tempo todo, mas o que entendo é o quanto sua música me atinge e o quanto ela fez falta ao mundo de ontem e de hoje e isso que eu nem sou tão otimista a ponto de imaginar tudo o que ele imaginou.
Mesmo assim penso como pode uma frase de uma música, que nem sequer foi escrita em nossa língua materna, ter tanta força de nos atingir e criar uma empatia inexplicável.
Ao ouvir Across the Universe tive vontade de escrever esse post para ele, já que ontem seria seu dia, mas a letra da música me inspirou mais do que à simples oportunidade da homenagem.
Escrevo e a música dele diz exatamente o que eu sinto, fala sobre as palavras flutuando na mente, essas mesmas palavras são as mágoas e as alegrias que carrego, por isso escrevo para me libertar, para descarregar energia e definitivamente enquanto escrevo, viajo, vou para outros locais, volto ao passado e vislumbro o futuro.
Nada vai mudar meu mundo, escrevo para mim mesma, para quem quiser ler e para quem sequer se importa, escrevo para conversar com meus pensamentos, enquanto escrevo sou livre.

[Words are flowing out like endless rain into a paper cup, They slither while they pass they slip away across the universe. Pools of sorrow, waves of joy are drifting through my opened mind, Possessing and caressing me.]

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Céu azul, areia branca, mar quente.
Fim de tarde com chuva de verão.
Família grande, reunida.
Amigos 24 horas por dia nas férias.
Rede na varanda, brisa do litoral.
Ver nossa avó conhecer nossos filhos.
Ler poesia, entender como prosa.
Dar o colo para um filhotinho de cachorro.
Escolher o rumo que nossa vida toma.
Entender o passado como escola do futuro.
Errar, arriscar, aprender.
Acreditar que sempre há uma nova chance de fazer dar certo.
Competir e perder, talvez, mas sempre recomeçar.
Aos poucos, perder o medo de deixar pra trás certos costumes.
Construir o futuro ao lado de quem gostamos e confiamos.
Escolher a cor das paredes e a estampa do sofá.
Ser dono do próprio destino.

Sonhos? Quem sabe, realidade!