segunda-feira, 17 de maio de 2010

[Bom recomeçar, poder contar com você]

Acordei com a testa molhada do suor dos sonhos inacabados. Foi uma fuga, sonhava que corria, que gritava e pedia para que você não fosse embora, não se ainda valesse a pena dividir qualquer coisa que fosse comigo. Joguei água na cara para ver se a sensação assustadora do sonho ia embora, mas aos poucos, olhando para meus olhos vermelhos no espelho, me dei conta de que aquilo não era sonho, mas uma lembrança do que acabara de acontecer.
Sim, eu quero ser independente e andar com minhas próprias pernas, não quero viver a vida atrelada a um homem, quero trabalhar e ganhar meu dinheiro como já faço hoje! Estar com você não é submissão de mulherzinha casada, não preciso que você pague minhas contas no futuro, eu as pagarei como já faço hoje!
Vou dizer o que é estar com você: é outra coisa bem diferente, é poder dividir meu dia e meus sentimentos com quem amo, é ter ao meu lado meu companheiro de aventuras, é saber que não importa quantos obstáculos se coloquem a nossa frente você vai estar segurando minha mão e juntos contoraremos todos.
Amar alguém não é necessitar desse alguém, não é prisão nem sacrifício, é estar-se preso por vontade, como diz a música ou o poema de Camões, se preferir. É sempre ter um motivo para sorrir, pois na falta de alegria pelas conquistas de si mesmo, nos alegramos pelas conquistas do outro. Amar não é olhar para trás para pensar em tudo o que não deu certo, é olhar para frente para construir a estrada pela qual ainda não passamos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Análise combinatória

Das coisas que combinam:
Sol + mar;
Dia de chuva + cobertor;
Filme + pipoca + guaraná;
Letras + design; 
Pizza + Coca-cola;
Vermelho + branco;
Ross + Rachel;
Férias + Verão;
Gre + NAL
Amigos + fim de semana;
Havaianas + areia da praia.

Das coisas que não combinam:
Fim de semestre na faculdade + The Beatles Rock Band;
Carnaval + ficar na cidade;
Assistir futebol na Net (com delay) + ter um ser ouvindo o jogo no radinho ao lado;
Pessoas que dormem em ônibus + essas mesmas pessoas sentarem do lado do corredor (janela, oi?!);
Salário + fatura do cartão;
Amor + ciúme;
Chuva + andar a pé.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Crocs: nem pensar!

Existem coisas que por mais que a moda tente enfiar goela abaixo eu não aceito e a coisa mais inaceitável atualmente, pro meu gosto, são as abomináveis Crocs. Até pensei em dar um par dessas coisas plásticas para minha mãe no dia das mães, estava até topando ser assaltada pagar 100 reais por essa obra do horror, por achar que por pior que fosse a aparência, parecia confortável, mas não deu. Quando peguei um par daquilo dentro da loja e olhei de perto só me veio uma palavra à mente: pavoroso!
Esse calçado tem um formato estranho, sei lá, me lembra o dinossauro Barney, não acho nada de belo nisso, até pensei em um contexto no qual eu poderia apreciar o dito sapato, pensa comigo: o Gennaro Gattuso (não sabe quem é? Clica ae! E bora fazer torcida pra Azzurra na Copa!) vindo em minha direção em carne, osso (mais carne do que osso), coxas, abdômen delicinha e barba por fazer, vestindo nada mais que um par de Crocs. O que eu diria para ele? – Tira isso! Por dois motivos óbvios, um deles é que nem assim eu tolero ver tal calçado.
Se nem assim eu simpatizo com as Crocs é porque realmente o negócio é intragável e o pior é que vivo me deparando com adeptos do seu uso pelas ruas da cidade. Em criança até vai, mas com o público adulto não combina. Sei que gosto não se discute e que minhas Melissas são puro plástico também, mas pelo menos elas tem design (e eu gosto muito de design e de designer também ;)) e também conheço muita gente que as detesta, mas fazer o quê? A crítica aqui é mais para quem desenhou isso e não para quem usa, porque os motivos de identificação das pessoas com as coisas são tão variados que nem Freud explica.
Pode usar o argumento que for para defender essas coisas, mas um treco desses no meu pé não vai ver nunca, a menos que eu sofra de uma doença degenerativa do bom senso, mas aí complica muito, pois além de eu correr o risco de usar essas coisas nos meus pés e em público, posso passar a achar o máximo essa história de o Brasil sediar Olimpíada e Copa do mundo. Realmente, muita falta de bom senso!

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Se por acaso algum usuário/simpatizante/sensível se ofender com minhas opiniões quero dizer que cada um é livre para usar o calçado que bem entender, bem como eu sou livre para escrever o que me der na telha, lembrando que na descrição do blog diz que aqui é um espaço para cultura útil e inútil!

quarta-feira, 12 de maio de 2010

[Um banho de chuva...]

E chove nessa cidade, aqui de dentro ouço os pingos da chuva baterem no ar condicionado, não me aguento e abro a janela para admirar a água.
Que vontade de sair daqui e tomar um banho nessa chuva linda, sei dos desastres que surgem com ela, mas não se pode negar que ela é maravilhosa.
Chuva, continua caindo, não sei o motivo de sentir tanta coisa boa vendo a água que se derrama lá de cima, sei que gosto e ponto!

segunda-feira, 10 de maio de 2010

[Estou com medo, tive um pesadelo...Só vou voltar depois das três]

Ontem foi o domingo de dia das mães, pensei na minha mãe e em todas as mães que eu tenho e que eu conheço, passei o dia com elas, conversamos e rimos, comemos horrores, lavamos a louça várias vezes e então me veio a ideia, depois de muito tempo pensando o oposto, de que ser mãe deve ser bom.
Não curto muito perder o controle das minhas coisas e da minha vida e por isso sempre pensei que a maternindade se tornaria de uma hora para outra um descontrole total, pois colocamos no mundo um ser humano que controlamos no início, mas que não vem com manual de instruções e certificado de garantia, ou seja, vou reclamar pra quem?
A televisão nessa época de paranoia consumista só piora mostrando os comerciais recheados de bebês fofinhos e roliços, com suas risadinhas amáveis criando a falsa sensação de que aquilo tudo é só isso: maravilhoso, gratificante... Chega a dar até vontade de repensar toda minha vida e incluir uma miniatura minha nos meus planos futuros.
Mas e as minhas dúvidas, as minhas vontades, os meus sonhos, onde que eles ficam? Quando uma fêmea abre a boca e profere a ideia de que não pensa em ter filhos é vista com um pouco menos de nojo do que um pobre cãozinho sarnento, será que isso é ainda tão grave na nossa sociedade?
Parece nobre e até soa muito lindo querer dividir o próprio corpo com aquela obra da nossa engenharia pessoal, fornecer metade do DNA, abolir as noites de sono, amparar os dias de dor de ouvido, e isso tudo na fase mais bacana que é quando eles não sabem falar ou xingar. Mas e na adolescência? Eu fui adolescente, ninguém me contou, que fase maldita pra quem vive porém para quem vive essa fase, mas já passou dela, ou seja, para os pais, deve ser como ir para o inferno em vida ou coisa pior.
O pouco que posso concluir desse impasse existencial é que algumas mulheres nascem para ser mães, outras para não ser, algumas aprendem mesmo sem ter jeito no início, outras nunca aprendem nada virando filha dos filhos e tem a classe que jamais deveria ter posto uma cria no mundo por incapacidade psicológica, mas tem coleção de rebentos, enfim, não há lei absoluta, cada caso é um caso.
Apesar de tudo isso confesso que as portas não estão totalmente fechadas para essa ideia, sei lá, daqui a alguns vários anos, o apartamento pode ficar muito vazio, muito silencioso, com as paredes muito sem riscos de giz de cera...Quem sabe...

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Uma ressalva sobre a adolescência: não estou cuspindo no prato que comi, curti muito minha fase maluca de festas, de neuroses sobre quem sou e para onde vou e das paixões lancinantes, mas quando falo sobre a maldição dessa etapa é justamente sobre as inquietudes e os milhões de dúvidas que pairam na cabeça de toda criatura nessa idade, situação que afeta o jovem e todos ao seu redor (leia-se: pais e/ou responsáveis) .Fora isso, é, sem dúvida, a fase mais divertida da vida, mas isso pra quem sabe se divertir! =P