sábado, 9 de abril de 2011

[You and I have memories longer than the road that stretches out ahead]

Não, você não vai viver a desventura de ver o amor ir embora, de vê-lo escorrer entre seus dedos e sumir, desaparecer. Ela quer que você tenha tudo que ela mesma não teve e irá lutar para que ao fim nenhum mal lhe aconteça.
Sempre que ela acorda pensa em fazer o dia valer a pena, em correr atrás dos sonhos, dos sonhos de vocês, ainda que os dela tenham sido arrancados tão cedo. Mas os de vocês são uma motivação para respirar, para querer viver.
Perdoe as suas manias, os defeitos existem, os vícios e os olhares, ninguém é imune a nada nessa vida, perdoe também as suas ilusões, seres humanos não vivem sem imaginação, sem adrenalina, sem frio na barriga , pois sem tudo isso a existência se torna mecânica e vazia com cor de dia nublado.
Acredite, ela nao vai fazê-lo sofrer, ao lado dela, seus dias serão ensolarados de acordo com o brilho que ela-sol estiver disposta a emitir, lembre-se: cada coisa ao seu tempo.
Fique certo de que nada será em vão, nem os risos, nem as lágrimas e quanto às lágrimas dela, não se preocupe, ela saberá esconder sempre que for necessário, bem assim como sempre fez. 
Espere por ela e viva o seu caminho, individualidade também é uma forma de respeito, deem as mãos não por imposição do espaço comum, mas por vontade, quando a vontade surgir.
Ela não precisa ouvir sempre que é o centro do seu mundo, disso ela já sabe e quer que você não se esqueça que em um mundo fechado não cabe muita gente, viva o dentro de casa, mas nunca deixando de olhar pela janela, sempre haverá belas vistas a serem comtempladas, os olhos veem o que querem, já o coração nada vê, apenas aceita tudo calado.



sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

[Família, família! Papai, mamãe, titia...]

A vida praiana em família reserva surpresas inesperadas, ridículas e assustadoras, fiascos e barracos entre outras coisas. O relato que farei aqui é verídico com pitadas de pastelão e tragicomédia. Começo situando que existem duas casas com uma comunicação entre elas dentro do mesmo pátio, uma boxer ciumenta, uma pinscher metida a valentona e um poodle desmiolado, e claro, uma família em torno da qual essa cachorrada toda gira.
Estávamos nós bem belos assistindo novela e coisas do gênero quando a boxer começou a latir freneticamente, coisa que não é seu habitual, o que fez com que minha tia, a dona da cachorra, levantasse e fosse espiar na janela notando que havia dois elementos andando por perto da casa, fato que motivou certa desconfiança de todos nós.
Na hora em que eu e minha mãe fomos para a tal casa da parte de trás, por receio, demos uma verificada básica com as frases típicas de mulheres sem homens em casa, como: - acho que vou pegar a espingarda do pai, bem típico da encenação feminina em apuros.
Mas a boxer estava realmente perturbada e latia insistentemente para um ponto onde tem uma escada muito convidativa a esconderijo, e aí não deu pra segurar, chamamos a polícia. Enquanto isso achamos melhor soltar a boxer para uma ronda no pátio e por isso, prendemos a pinscher dentro de casa para evitar a morte instântanea do bicho. Ao que minha tia abre a porta e atrás dela surge Pedrita, que é pequena, mas não é covarde, em segundos Mila, a boxer já tinha enfiado a pobrezinha em sua boca.
A cena que se passou em seguida foi apavorante e hilária, quatro mulheres gritando armadas com vassouras e rodos, surrando a boxer e nada acontecendo, quando surge um imbecil poodle macho e suicida pra se meter no entreveiro e passar a ser o alvo das dentadas.
Com muita sabedoria minha mãe encheu um balde de água para jogar na briga, mas fez melhor, conseguiu enfiar o balde na cara da cachorra e libertar o sortudo poodle branco da morte certa, de alguma forma inexplicável o balde terminou partido em três pedaços.
Os primeiros socorros estavam sendo prestados aos animais em estado deplorável cobertos de baba e sangue, mas de uma estranha maneira querendo continuar a briga, quando duas viaturas - eu disse, duas viaturas, apareceram na casa, nós dentro do pátio, os policiais na rua vendo um pátio parecendo um ringue e quase que eu ouvi eles dizerem: - vocês vão nos desculpar, mas nós não nos metemos em briga de família... Tal era o estado do local onde houve a rinha de cachorros.
Resumo, para variar, os caras olharam por tudo e nada encontraram, se deixaram a nossa disposição, entraram nas viaturas e se foram. Os cachorros socorridos irão sobreviver e o veraneio ganhou mais uma história para contar às risadas no meio daquelas churrascadas com toda a família em que sempre vai ter um para dizer: -mas se eu estivesse lá isso não tinha acontecido.


sábado, 29 de janeiro de 2011

[Y del mar se enamoró]

Há uma semana na praia, indo praticamente to-do-di-a para a beira do mar, posso dizer que tenho transcendido, muito tempo olhando o mar, pensando e lendo ouvindo os seus sons, tentando adivinhar de qual onda que vem o barulho que ouço, essas coisas que mentes desocupadas podem se dar o luxo de fazer.
Hoje o dia amanheceu bonito, mas a preguiça não me deixou fazer a caminhada diária na beira da praia, fiquei em casa, li, dormi, lavei roupa e quando nada mais restava a fazer e o tempo havia firmado, fui ao mar.
Dispensei o carro, fui a pé,  só biquini, havaianas e short, sem cadeiras, sem livro, sem protetor solar, sem lenço e sem documento, fui disposta a caminhar e voltar para casa, mas quando me deparei com aquela imensidão de água não tive como evitar de cair em seus braços.
De uma forma supreendente o mar (que para quem conhece o litoral gaúcho sabe que ele geralmente é tipo chocolate) estava verde com espuma branquinha, sem ondas quebrando forte, somente aquele balanço bom de água de mar, o vento (que geralmente se assemelha a um semi-furacão) estava soprando calmo e refrescante... Então abandonei o short e as havaianas e me encontrei com ele, com o meu fascínio, com a minha paixão, com meu vício.

domingo, 23 de janeiro de 2011

[Qualquer outro lugar ao sol, outro lugar ao sul]



Finalmente cheguei na praia, o sol está meio escondido entre as nuvens, mas logo vai aparecer.
Sinto essa brisa litorânea na cara enquanto escrevo e aos poucos vou me descontaminando da correria louca de um ano inteiro na cidade e no caos.
Ainda não molhei o pé na água e ainda não tomei um banho de mar decente, mas o bom é que ainda não fiquei esperando meia hora na fila do supermercado, nem um século dentro do carro para cruzar uma simples rua, ou seja, o caos praiano ainda não me encontrou.
Por enquanto é tudo paz, tranquilidade e caminhadas diárias (pelo menos, no plano das ideias).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

[Tô me guardando pra quando o Carnaval chegar]

Sim, sei que o ano já começou há alguns dias, esse não é um post sobre o ano novo. Queria apenas escrever sobre os meus desejos para esse ano recém iniciado. 
Queria menos problemas, sei que é utópico pedir isso, mas enfim, é um desejo que tenho.
Queria aulas legais e realmente úteis, interessantes e não soníferas.
Queria mais tempo para conversar com meus amigos da faculdade e da vida, os velhos e os novos.
Queria poder deitar a cabeça no travesseiro e dormir tranquilamente sem fazer viagens malucas até que o sono chegue.
Queria conseguir usar mesmo a pequena agenda que comprei e me organizar pelo menos uma vez na vida, não perder datas de provas, nem compromissos, também me acostumar a usar um caderno, pois as folhas avulsas são muito boas no começo do ano, mas no fim dele, elas não passam de folhas perdidas.
Queria nadar mais, caminhar mais, ter menos preguiça, ter mais disposição para fazer uns passeios nos fins de semana.
Mas por enquanto me contento em sentar na beira da praia e olhar o mar.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

[A vista é bonita, a maré é boa de provar]

Ela olha o sol pela janela, o céu azul está lá, convidativo a viver, a sair de casa, a andar. Mas ela quer o mar, a areia, o banho gelado na água salgada. Ela quer viver, porque cansou de morrer por meses no frio do inverno, morrer no vento congelante que queima o seu rosto até mais do que o sol. 
Ela quer pôr o pé na estrada, mais precisamente, as rodas do carro, quer ouvir o porta-malas bater fechando ali todas as coisas necessárias a sua sobrevivência por algum tempo fora de casa, quer só ler um livrinho olhando o mar, quer comer picolé de limão pra se hidratar, quer banhos de mangueira para se livrar da areia, quer brisa, quer férias, quer verão, quer vida!

domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Natalis Invistis Solis!

Falar de Natal é complicado porque quase sempre se entra em clichês religiosos ou mercantis, para alguns é uma data com significado de reflexão onde se comemora o nascimento de Jesus e para outros é apenas um motivo a mais para enfiar-se em um shopping e gastar todo o dinheiro possível em presentes e quinquilharias e também aproveitar as promoções.
Eu me sinto meio confusa nessa época, tenho meus motivos de fé e também sou influenciada por uma cultura tradicional romana pagã de alguns séculos atrás que continua até hoje sendo repetida, mas que ninguém tem a mais pálida ideia do porquê. 
Tenho a habilidade de mateforizar tudo que seja assim místico, posso tranquilamente associar o menino Jesus com uma força de vida, com uma luz mais forte do que todas, inclusive, com o sol! Acabo, por isso tendo a necessidade de montar um pinheiro com enfeites e luzes, acho bonito e me passa uma coisa boa ao olhar para ele, mesmo que eu não veja a homenagem ao Sol Invencível nisso e nem pense que essas luzes representam a celebração ao solstício de inverno. É simplesmente tradição com identidades perdidas, adaptadas, até porque solstício de inverno em dezembro no Brasil não cola.
Mas lá estão as luzes, os pinheiros, as comidas, um cara vestido absurdamente para os padrões tropicais do nosso país, claro que hoje isso tudo se dá apenas pelo apelo consumista da sociedade em que vivemos, mas por que não procurarmos a origem dessas coisas todas, né? Com certeza não saiu do nada. Pesquisar e se inteirar sobre o assunto é adquirir cultura, não faz mal nenhum!
Fica a dica para reflexão não só sobre a vida e sobre a solidariedade que traz esse espírito natalino, mas também sobre nossos hábitos e como realizamos coisas inconscientemente tradicionais sem questionarmos, não que seja ruim ou bom, é apenas uma sugestão à reflexão.
Espero que o Natal, dentro do espírito particular de cada um, tenha sido bom para você, leitor!
O meu foi ótimo!