sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

[Família, família! Papai, mamãe, titia...]

A vida praiana em família reserva surpresas inesperadas, ridículas e assustadoras, fiascos e barracos entre outras coisas. O relato que farei aqui é verídico com pitadas de pastelão e tragicomédia. Começo situando que existem duas casas com uma comunicação entre elas dentro do mesmo pátio, uma boxer ciumenta, uma pinscher metida a valentona e um poodle desmiolado, e claro, uma família em torno da qual essa cachorrada toda gira.
Estávamos nós bem belos assistindo novela e coisas do gênero quando a boxer começou a latir freneticamente, coisa que não é seu habitual, o que fez com que minha tia, a dona da cachorra, levantasse e fosse espiar na janela notando que havia dois elementos andando por perto da casa, fato que motivou certa desconfiança de todos nós.
Na hora em que eu e minha mãe fomos para a tal casa da parte de trás, por receio, demos uma verificada básica com as frases típicas de mulheres sem homens em casa, como: - acho que vou pegar a espingarda do pai, bem típico da encenação feminina em apuros.
Mas a boxer estava realmente perturbada e latia insistentemente para um ponto onde tem uma escada muito convidativa a esconderijo, e aí não deu pra segurar, chamamos a polícia. Enquanto isso achamos melhor soltar a boxer para uma ronda no pátio e por isso, prendemos a pinscher dentro de casa para evitar a morte instântanea do bicho. Ao que minha tia abre a porta e atrás dela surge Pedrita, que é pequena, mas não é covarde, em segundos Mila, a boxer já tinha enfiado a pobrezinha em sua boca.
A cena que se passou em seguida foi apavorante e hilária, quatro mulheres gritando armadas com vassouras e rodos, surrando a boxer e nada acontecendo, quando surge um imbecil poodle macho e suicida pra se meter no entreveiro e passar a ser o alvo das dentadas.
Com muita sabedoria minha mãe encheu um balde de água para jogar na briga, mas fez melhor, conseguiu enfiar o balde na cara da cachorra e libertar o sortudo poodle branco da morte certa, de alguma forma inexplicável o balde terminou partido em três pedaços.
Os primeiros socorros estavam sendo prestados aos animais em estado deplorável cobertos de baba e sangue, mas de uma estranha maneira querendo continuar a briga, quando duas viaturas - eu disse, duas viaturas, apareceram na casa, nós dentro do pátio, os policiais na rua vendo um pátio parecendo um ringue e quase que eu ouvi eles dizerem: - vocês vão nos desculpar, mas nós não nos metemos em briga de família... Tal era o estado do local onde houve a rinha de cachorros.
Resumo, para variar, os caras olharam por tudo e nada encontraram, se deixaram a nossa disposição, entraram nas viaturas e se foram. Os cachorros socorridos irão sobreviver e o veraneio ganhou mais uma história para contar às risadas no meio daquelas churrascadas com toda a família em que sempre vai ter um para dizer: -mas se eu estivesse lá isso não tinha acontecido.


2 comentários:

  1. Perae, isso aconteceu mesmo? meee, que farra!!!!
    hahahahhahahaha

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  2. Nooossa ... eu nao deveria ter dado a Mila pra minha irma ... kkkk

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