domingo, 26 de dezembro de 2010

Feliz Natalis Invistis Solis!

Falar de Natal é complicado porque quase sempre se entra em clichês religiosos ou mercantis, para alguns é uma data com significado de reflexão onde se comemora o nascimento de Jesus e para outros é apenas um motivo a mais para enfiar-se em um shopping e gastar todo o dinheiro possível em presentes e quinquilharias e também aproveitar as promoções.
Eu me sinto meio confusa nessa época, tenho meus motivos de fé e também sou influenciada por uma cultura tradicional romana pagã de alguns séculos atrás que continua até hoje sendo repetida, mas que ninguém tem a mais pálida ideia do porquê. 
Tenho a habilidade de mateforizar tudo que seja assim místico, posso tranquilamente associar o menino Jesus com uma força de vida, com uma luz mais forte do que todas, inclusive, com o sol! Acabo, por isso tendo a necessidade de montar um pinheiro com enfeites e luzes, acho bonito e me passa uma coisa boa ao olhar para ele, mesmo que eu não veja a homenagem ao Sol Invencível nisso e nem pense que essas luzes representam a celebração ao solstício de inverno. É simplesmente tradição com identidades perdidas, adaptadas, até porque solstício de inverno em dezembro no Brasil não cola.
Mas lá estão as luzes, os pinheiros, as comidas, um cara vestido absurdamente para os padrões tropicais do nosso país, claro que hoje isso tudo se dá apenas pelo apelo consumista da sociedade em que vivemos, mas por que não procurarmos a origem dessas coisas todas, né? Com certeza não saiu do nada. Pesquisar e se inteirar sobre o assunto é adquirir cultura, não faz mal nenhum!
Fica a dica para reflexão não só sobre a vida e sobre a solidariedade que traz esse espírito natalino, mas também sobre nossos hábitos e como realizamos coisas inconscientemente tradicionais sem questionarmos, não que seja ruim ou bom, é apenas uma sugestão à reflexão.
Espero que o Natal, dentro do espírito particular de cada um, tenha sido bom para você, leitor!
O meu foi ótimo!

Um comentário:

  1. Me vi, nesse natal, olhando para os tempos de infância, onde o natal era algo "menos comercial e depravado" do que é hoje. Quase não haviam "fogos", as pessoas se tornavam mais amáveis e afáveis umas com as outras... Um período bom e agradável, onde eu via as pessoas de fato paravam para olhar além das vaidades mesquinhas e olhavam uma para as outras com ternura. Uma época "mágica" aos olhos daquela criança, que mais do que o brinquedo, ganhava o exemplo de que bem, paz e solidariedade eram reais e possíveis de serem vividos.
    Hoje vejo, para a maioria, o natal transformado em "mais uma festa", mais um motivo para exercitar o consumismo, para encher a cara, comer até explodir, sair para festas e pegarem geral... Se não fosse pela minha fé, que me faz alegrar em muito o coração, o natal não me traria nada além de decepção e tristeza.
    Mas talvez tenha sido sempre assim, talvez tenham sido apenas os meus olhos de criança... E ah, e como eu gostaria de tê-los de volta...

    Lindo texto, Pri!!

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