segunda-feira, 16 de agosto de 2010

[Pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou]

O frio me cansa, me cansa também andar pela rua e por todos os lugares como se estivesse enrolada em um edredon tentando assim me isolar de tanto ar gelado, mas o que eu queria mesmo era mudar de roupa.
Faz muito tempo que não coloco os braços de fora, que não vejo formar a marquinha do relógio no pulso, que não sinto o sol esquentar a pele.
Inverno é sinônimo de depressão, o sol brilha, mas não aquece, a chuva, por mais insignificante que seja, potencializa ainda mais o frio e por consequência, a minha tristeza. Levantar da cama quentinha é um suplício. Se o vento resolve soprar com vontade então, o suicídio é um dever. E não vou nem entrar na questão quero-praia-logo para não ser ainda mais cricri.
Cadê a elegância que dizem que existe mais no inverno do que no verão?  Só vejo gente com roupa por cima de roupa com a finalidade única de tentar não congelar. Quero poder sair de sapatilha faceira por aí sem que meus pés virem picolés.
O que venho querendo ultimamente é algo que não queria há muito tempo: simplesmente usar um vestidinho e ser feliz!
Chega logo, primavera para amenizar a minha agonia e a de todas as pessoas que, como eu, não têm hábitos de pinguim e que ainda não obtiveram o alcance espiritual devido para ver a beleza em tiritar de frio.



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