sexta-feira, 3 de setembro de 2010

[Ela sabe espantar o tédio, cortar cabelo e nadar no mar]

Fome, sono e antissociabilidade. Todas essas coisas têm algo em comum. Escrevo isso, pois notei que quando estou com muito sono ou muita fome fico com ainda menos paciência com as pessoas do que o habitual. E eu, geralmente, não tenho paciência nenhuma mesmo com a barriga cheia ou tendo tido uma bela noite de sono.
E sobre essa falta de vontade de sociabilizar que ninguém entende. Se eu entro no ônibus e me deparo com um colega posso dar oi, ser educada, sorrir até, mas isso não quer dizer que eu queira que a pessoa se sente ao meu lado e me obrigue a dividir meu tempo e as minhas ideias com ela (com restritas exceções).
Quando estou sozinha, lendo ou ouvindo música, não é por nada, não é porque não tenho companhias, é porque não tenhas AS companhias que me agradam ou porque estou a fim de ficar só comigo mesma, pensando na vida, estudando, fazendo qualquer coisas imaginária sem que alguém que não se enquadre no meu momento venha me perturbar e me obrigar a conviver.
E nessa história de surgir gente do nada para nos alugar os assuntos são os mais variados possíveis, acabamos ouvindo cada bizarrice, pseudointelectualidade, filosofia de boteco e conselhos (por que quem não conhece a gente adora dar conselhos?) que chega a dar um arrependimento de se ter parado justamente ali naquele lugar.
Se escrevo isso é porque realmente vem aumentando essas situações nos últimos meses, e acho que não sou só eu que sofro do mal da anticonvivência humana, creio que existam outros com as mesmas opiniões que eu, que prezam seu tempo ocioso solitário, não significa antipatia ou falta de educação, o nome disso é personalidade. Sou muito simpática inclusive, tenho minhas boas qualidades, mas meu espaço e meu tempo não tem dinheiro que pague.
Quer ser meu amigo, beleza, mas me conquiste antes, eu não vou me fazer de difícil, só não ocupe meu território assim como alguém se apossa de algo que é público, agora se por acaso me encontrar rodeada de pessoas dando risadas ou conversando horrores, saiba que fui conquistada por elas, que eu não abro mão da companhia delas, porque quando eu sociabilizo, pode crer, é porque vale muito a pena.

2 comentários: